Conhecimentos, antes velados, foram abertos às massas, e à partir daí ocorreram mudanças significativas e irreversíveis no comportamento, não só da comunidade umbandista, mas da sociedade brasileira, em relação aos servidores Guias e Pais/Mães Orixás.
Hoje, não é raro encontrarmos pessoas de outras religiões estudando o que antes era tidos como tabu. É evidente a mudança de disposição nos espíritos de um grande número de pessoas, independente de suas crenças. Negar isso é atestar má vontade, ou cegueira.
Aos que são encarregados de ir na vanguarda estabelecendo novos parâmetros para que seja possível um olhar diferente ao que já estava estabelecido, talvez, seja reservado um sofrimento bem maior que o dos que foram encarregados de o estabelecer.
Enquanto aqueles encontraram a desconfiança de uns e desprezo de outros, estes, por certo encontram a resistência entre os que deveriam ser os primeiros na adesão, uma vez que a novidade só acrescenta ao revelar a grandeza do que nunca deixará de ser o que sempre fora.
Mas a irmandade umbandista não previu a abertura transcendental, que vindo da mesma Aruanda da qual saiu a Amada Umbanda, agora aumenta rapidamente, independente dos instrumentos vanguardistas, encarnados e desencarnados que serviram de ponte entre os dois lado da Criação Divina, para revelá-la.
Abertura esta, que, não abole, mas sim acrescenta ao que já havia e clareia-o para uma melhor compreensão do que já funcionava, mesmo com escassez de conhecimentos.
A abertura dos conhecimentos sobre os Trono Vivos e Divinos revela-se um Caminho de vanguarda para os que compreendem e aceitam esta Verdade.
Contudo, ainda que estes conhecimentos tenham penetrado todo um grupo considerável de umbandistas já em desenvolvimento ( incluindo dirigentes ), e atraindo muitos que não aceitavam a religião, mas que agora passou a entendê-la um pouco melhor e, consequentemente, a aceitá-la como um caminho para si, ainda assim a nova vertente, esta que se tornou conhecida como Umbanda Sagrada ou Umbanda Divina tem pela frente, uma severa batalha contra as treva da ignorância, que não descansa de atacá-la.
O que os semeadores de servidão e propagadores de discódia não entenderam ( outros fazem-se de desentendidos ), é que os dias de ignorância e dominação, para muitos, ficaram para trás, e não retornarão mais, que muitos são os umbandistas que, ensinados por experiências, mais ou menos, dolorosas, devotam-se agora, a fazer com que a Luz da Umbanda que foi revelada, nunca mais seja velada para aqueles que têm boa vontade e firmeza no propósito evolutivo.
Em todas as épocas sempre houve os que se devotam como parasitas e vampiros dos líderes. Na atualidade não é diferente, e na Umbanda não é diferente, também. Quantos, como lobos, não se infiltram entre os verdadeiros adeptos com o firme propósito de fomentar o mal e desagregar os rebanhos!
Como instrumentos dos dissimulados e tão hipócritas quanto, muitos são aqueles de corações e almas adoecidas pelo próprio amargor, pedindo sempre por sinais, prodígios e milagres, e quando os têm à sua frente não os reconhecem, recusam-se a acreditar que são autênticos. E seguem com as mesmas atitudes equivocadas, atrapalhando e até afastando do convívio comum, pessoas irmanadas pelos mesmos ideais.
Estas pessoas são aquelas que nunca compreenderam, e tão cedo compreenderão a verdade que subjaz, não só à Umbanda, mas à todas as religiões e sociedades. A Lei e Justiça Divina é uma só para todos e, independe da crença e aceitação humana.
Por outro lado, há os que percebem mediunica e intuitivamente, e, reconhecem a grandeza da verdade revelada – o despertamento racional equilibrado em e por todos os sentidos, e não mais dogmas sectáristas – é da mais vital importância para toda a sociedade, visto que é farol, autêntico guia em meio ao caos que tomou conta do comportamento humano.
Ensinar, educar o ser humano é libertá-lo da escravidão e conduzi-lo para sua verdadeira senda. Isto é o que incomoda aos semeadores da servidão, que não deseja uma sociedade esclarecida, pois a ignorância gera duas doenças graves: a descrença e o fanatismo, que servem igualmente de instrumento de dominação.
Quando a Umbanda tiver completado sua mais sagrada missão que é ensinar o Amor fraternal e o propósito de altruísmo puro, quando o trabalho entre irmãos for entendido como compartilhamento, não uma falsa caridade, recheada de motivos egoístas – então a Umbanda realmente brilhará nos corações dos verdadeiros Filhos de Fé.
E nesse dia até os cegos verão maravilhados o milagre que as trevas tentam a todo custo engolir.
- Mensagem de minha Baiana, Cigana da Praia, " Uma Filha de Fé.", como diz ela.
VSL/Ashra
